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05/03/2016

Pesquise antes de assumir um empréstimo

Dicas de Ronaldo Gotlib para quem deseja fazer um empréstimo pessoal.
Se você precisa de um empréstimo, certamente se enquadra em uma dessas premissas:
- Precisa de recursos para saldar dívidas;
- Está investindo em seu futuro.
É claro que você sabe de antemão, ao decidir assumir este compromisso, que o valor ajustado como parcela mensal para quitação do empréstimo vai subtrair uma parte de sua disponibilidade financeira. Este é o incômodo que você enfrentará mensalmente, mas não é o verdadeiro problema.
O verdadeiro problema é o que chamo de “miopia financeira”. Ele resulta do interesse das instituições financeiras em fazer com que o consumidor seja um tipo de devedor que enxerga apenas uma parte do compromisso que está assumindo, e não a situação inteira. Esse fenômeno é explicado em meu livro Dívidas Tô Fora! e também no curso Fórmula para Superar o Endividamento e Fazer seu Dinheiro Crescer.
A decisão de contratar um empréstimo deveria ser antecedida por uma pesquisa cuidadosa, mas não é isso que acontece comumente. O comportamento da grande maioria das pessoas é assumir uma obrigação desta importância sem estudar detalhadamente o problema.
Quando o consumidor decide comprar um eletrodoméstico, como um aparelho de TV ou uma geladeira, costuma pesquisar em lojas e sites os melhores preços e as condições de pagamento. Isto para um compromisso financeiro que, geralmente, o acompanhará por cerca de 12 meses.
E quando o mesmo consumidor vai fazer um empréstimo a ser pago em 24, 36, 72 ou mais de 100 parcelas? Ele também procura pesquisar os juros cobrados pelas instituições financeiras?
Essa é a questão. Quase ninguém faz essa pesquisa! Quase sempre, esse compromisso é assumido por impulso. Você precisa de dinheiro, surge a oportunidade e... pronto. Contrata o empréstimo. Feliz da vida por ter conseguido.
Seja mais atento. Não é difícil ser um tomador de empréstimos mais consciente.
Um passo importante para isso é observar que a taxa de juros pode variar muito, de um banco para o outro. Uma variação impressionante, que vai de 1,31% até 20,75% ao mês. E que, por ano, varia de 16,96% a 861,05%!
Você compraria um produto numa loja se ele custasse 20 vezes menos em outro lugar? Claro que não, porque as pessoas costumam comparar preços antes de comprar. Mas na hora de tomar um empréstimo, isso não acontece.
Como podemos saber as taxas de juros? Não é preciso ir a cada banco e perguntar ao gerente. Basta acessar o site do Banco Central e consultar a tabela Taxas de juros por instituição financeira. É muito simples. Qualquer pessoa entende. Lá estão os juros cobrados pelas diversas instituições nos empréstimos para pessoas físicas. Veja o link no final deste artigo.
Também no site do Banco Central você encontra a chamada Calculadora do Cidadão, que deveria fazer parte integrante de sua rotina financeira antes de se contratar qualquer empréstimo. Com essa ferramenta, simples e gratuita, é possível constatar a gritante diferença de valores a serem pagos por devedores de diferentes instituições financeiras. Essa calculadora, disponibilizada pelo Banco Central, tem até versões para celular e tablets. Assim você poderá usá-la em qualquer lugar.
Vamos comparar, por exemplo, a instituição que tem a menor taxa do mercado e a que pratica a maior taxa.
Imagine que você vai fazer um empréstimo de R$ 5.000,00 a ser pago em 36 parcelas:
No caso da taxa mensal mais baixa (1,31%), a prestação seria de R$ 175,09;
E na instituição que cobra a taxa mais alta (16,96%), a prestação seria de R$ 1.038,67.
Dá para perceber a diferença?
Então lembre-se disso. Antes de assumir um compromisso desta importância, é sempre bom planejar e pesquisar. Uma questão de bom senso.

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